Em almoço durante evento do setor portuário em Rio Grande, Pedro Brito afirmou que a crise econômica mundial não irá alterar o cronograma de projetos previstos para os portos brasileiros. O ministro garantiu que os investimentos colocarão o porto do Rio Grande na segunda posição entre os maiores do Brasil.
Rio Grande foi palco, ontem, de uma série de palestras sobre o setor portuário. Sob o tema “O Porto do Rio Grande Construindo o Futuro do RS”, o seminário trouxe à cidade o ministro da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito.
Durante almoço no Centronave, o ministro falou sobre os investimentos previstos pelo governo federal para o porto rio-grandino, afirmando que a crise econômica mundial não irá alterar o cronograma de projetos previstos para os portos brasileiros. Na ocasião, disse também que as obras ligadas ao setor - e incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - serão mantidas, "pois a crise deve ser encarada de frente”. “A crise passará enquanto os projetos para o Porto do Rio Grande visam seu desenvolvimento para os próximos 30 anos", declarou.
Brito afirmou que os investimentos irão garantir ao porto do Rio Grande a segunda posição entre os maiores do Brasil. "Tenho viajado por diversos lugares para conhecer portos e comparar a infraestrutura portuária brasileira com a dos outros países, inclusive para pontuar em que portos nós podemos mirar como exemplo. E o que tenho visto mundo afora é uma retração muito forte. Hoje existem cerca de 400 navios e contêineres parados sem ter o que transportar, tal é a gravidade da crise que enfrentamos. A mesma coisa tem acontecido na navegação do Brasil", lembrou.
O secretário do estado de Infraestrutura e Logística, Daniel Andrade, um dos palestrantes do seminário, disse em seu pronunciamento, que "o RS tem planejamento e sabe o que fazer e por onde começar a agir. Por isso da importância de juntar os governos municipal, estadual e federal, para que conheçam o projeto e o trabalho de cada um".
O deputado estadual e coordenador da Frente Parlamentar de Portos e Hidrovias, Sandro Boka (PMDB) destacou a importância de reunir autoridades e pessoas que vivenciam diariamente a situação do porto. Para o deputado, a hora é de unir esforços, "pois a oportunidade já foi dada a Rio Grande, restando agora o planejamento de ações e trabalhos que visam a atender a atual demanda econômica da cidade", falou.
Uso de hidrovias
"No Brasil, apenas 7% da produção atual de grãos é escoada por hidrovias. Enquanto isso, outros países apresentam um índice de 70%. Essa diferença influencia diretamente no bolso dos produtores, que deixam de lucrar devido às despesas com o transporte rodoviário, que encarece o produto e aumenta o tempo de deslocamento", afirmou o diretor-presidente da Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (Antaq), Fernando Fialho. Os dados são da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Durante sua palestra “A Visão da Antaq sobre a Logística Hidroviária e Portuária para o RS”, Fialho aproveitou a presença do ministro de Portos para adiantar alguns resultados do Plano Geral de Outorgas para o Subsetor Portuário (PGO), que deverá ser oficialmente entregue nos próximos dias. O documento oferecerá informações sobre os fluxos de carga do país, as regiões onde há potencial para movimentação - entre elas a do sul do Brasil -, sem deixar de lado as questões ambientais. "O objetivo é oferecer a curto prazo, o mínimo de estrutura para a reativação do modal hidroviário para o escoamento de cargas no país", afirmou Fernando Fialho.
O seminário foi promovido pelo gabinete do coordenador da Frente Parlamentar de Portos e Hidrovias, deputado estadual Sandro Boka (PMDB), pela Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Superintendência do Porto do Rio Grande (SUPRG) e Prefeitura Municipal. O evento ocorreu no auditório do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros
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